quarta-feira, 4 de maio de 2011

Quanto mais ralo, mais caro!

Existe um ditado que diz: "Quem é vivo sempre aparece", pois é, apareci. Depois de um bom tempo sem postar, devido à faculdade, trabalho etc, dedico um tempinho pra falar de um assunto que muito me revolta.


Outro dia, bateu-me a vontade por um biscoito salgado, o que me levou ao mercadinho em busca de alguma guloseima que nem eu mesma sabia ao certo qual(Coisa de mulher).
E lá, na prateleira do mercado estava ele, um dos meus biscoitos favoritos com nova embalagem, novo preço (bem mais salgadinho, mas valia à pena).

Depois de pagar e voltar pra casa, preparei-me para saborear aquela delícia. Que decepção, não tinha gosto, Pensei que o problema estava em mim, mas ao provar algumas frutas vi que não havia nada errado com meu paladar, então só poderia ser o biscoito.

Passei a degustá-lo com mas atenção e cheguei à conclusão de que realmente a receita havia mudado, faltava mais sal, mais sabor... Era apenas uma massa dura e sem gosto

Lembrei-me então, do dia em que comprei um copo de guaraná natural, que nem natural é, mas na hora da sede, a gente encara. Gente! dava pra ver o fundo do copo de tão ralo. E o xarope de guaraná? há alguns anos atrás, poderíamos sim, chamá-lo de xarope, pois tinha consistência, mas hoje...

Isso sem falar no leite, yogurte, azeite...

Vivemos na era do "QUANTO MAIS A QUALIDADE CAIR, MAIS O PREÇO VAI SUBIR"

Onde estão os órgãos de defesa do cosumidor?? Nosso dinheiro não é capim.

Já fiz uma lista de itens e marcas pra NÃO COMPRAR no mercado.

sábado, 13 de março de 2010

A verdade sobre os contos de fadas

Quem nunca se perguntou sobre a origem dos contos de fadas? De onde vieram os primeiros contos? E quem escreveu as famosas histórias que ouvimos na infância e contamos a nossos filhos? Você tem as respostas para estas perguntas?
Bem, curiosa como sempre, eu pesquisei sobre o assunto e compartilho aqui com vocês o que descobri.

Os contos de fadas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Os contos de fadas são uma variação do conto popular ou fábula. Partilham com estes o fato de serem uma narrativa curta, transmitida oralmente, e onde o herói ou heroína tem de enfrentar grandes obstáculos antes de triunfar contra o mal. Caracteristicamente envolvem algum tipo de magia, metamorfose ou encantamento, e apesar do nome, animais falantes são muito mais comuns neles do que as fadas propriamente ditas. Alguns exemplos: "Rapunzel", "Branca de Neve e os Sete Anões" e "A Bela e a Fera".

Características dos contos de fadas

* Podem contar ou não com a presença de fadas, mas fazem uso de magia e encantamentos;
* Seu núcleo problemático é existencial (o herói ou a heroína buscam a realização pessoal);
* Os obstáculos ou provas constituem-se num verdadeiro ritual de iniciação para o herói ou heroína;


O significado oculto dos contos de fadas

Ao longo dos últimos 100 anos, os contos de fadas e seu significado oculto têm sido objeto da análise dos seguidores de diversas correntes da psicologia. Sheldon Cashdan,por exemplo, sugere que os contos seriam "psicodramas da infância" espelhando "lutas reais". Na visão de Cashdan,"embora o atrativo inicial de um conto de fada possa estar em sua capacidade de encantar e entreter, seu valor duradouro reside no poder de ajudar as crianças a lidar com os conflitos internos que elas enfrentam no processo de crescimento".

Cashdan prossegue em sua análise sobre a vinculação entre os contos de fadas e os conflitos internos infantis:
“ Cada um dos principais contos de fadas é único, no sentido em que trata de uma predisposição falha ou doentia do eu. Logo que passamos do "era uma vez",
descobrimos que os contos de fada falam de vaidade, gula, inveja, luxúria, hipocrisia, avareza ou preguiça - os "sete pecados capitais da infância". Embora um determinado conto de fada possa tratar de mais de um "pecado", em geral um deles ocupa o centro da trama. ”

O processo pelo qual as crianças podem utilizar os contos de fadas na resolução de seus próprios problemas é explicitado mais adiante:“ O modo pelo qual os contos de fada resolvem esses conflitos é oferecendo às crianças um palco onde elas podem representar seus conflitos interiores. As crianças, quando ouvem um conto de fada, projetam inconscientemente partes delas mesmas em vários personagens da história, usando-os como repositórios psicológicos para elementos contraditórios do eu. ”

Já os jungianos, vêem nas personagens dos contos "figuras arquetípicas", que, segundo Franz,"à primeira vista, não têm nada a ver com os seres comuns ou com os caracteres descritos pela Psicologia".

A jornada interior

Pelo seu núcleo problemático ser existencial, os contos de fadas podem também ser encarados como "uma jornada em quatro etapas, sendo cada etapa da jornada uma estação no caminho da autodescoberta":[9]

1. TRAVESSIA: "leva o herói ou heroína a uma terra diferente, marcada por acontecimentos mágicos e criaturas estranhas".
2. ENCONTRO: "com uma presença diabólica –uma madrasta malévola, um ogro assassino, um mago ameaçador ou outra figura com características de feiticeiro".
3. CONQUISTA: "o herói ou heroína mergulha numa luta de vida ou morte com a bruxa, que leva inevitavelmente à morte desta última".
4. CELEBRAÇÃO: "um casamento de gala ou uma reunião de família, em que a vitória sobre a bruxa é enaltecida e todos vivem felizes para sempre".


(Você está entendendo tudinho né!?! Então vamos continuar!)


A evolução dos contos de fadas

Diferentemente do que se poderia pensar, os contos de fadas não foram escritos para crianças, muito menos para transmitir ensinamentos morais (ao contrário das fábulas de Esopo). Em sua forma original, os textos traziam doses fortes de adultério, incesto, canibalismo e mortes hediondas. Segundo registra Cashdan:“ Originalmente concebidos como entretenimento para adultos, os contos de fadas eram contados em reuniões sociais, nas salas de fiar, nos campos e em outros ambientes onde os adultos se reuniam - não nas creches.”


Chapéuzinho Vermelho divide o leito com o lobo (ilustração de Gustave Doré).

Mais adiante, Cashdan exemplifica:
“É por isso que muitos dos primeiros contos de fada incluíam exibicionismo, estupro e voyeurismo. Em uma das versões de Chapeuzinho Vermelho, a heroína faz um striptease para o lobo, antes de pular na cama com ele. Numa das primeiras interpretações de A bela adormecida, o príncipe abusa da princesa em seu sono e depois parte, deixando-a grávida. E no conto A Princesa que não conseguia rir, a heroína é condenada a uma vida de solidão porque, inadvertidamente, viu determinadas partes do corpo de uma bruxa.”


Contos de fadas para crianças

As versões infantis de contos de fadas hoje consideradas clássicas, devidamente expurgadas e suavizadas, teriam nascido quase por acaso na França do século XVII, na corte de Luís XIV, pelas mãos de Charles Perrault. Para Sheldon Cashdan, em referência aos países de língua inglesa, a transformação dos contos de fadas em literatura infantil (ou sua popularização) só teria mesmo ocorrido no século XIX, em função da atividade de vendedores ambulantes ("mascates") que viajavam de um povoado para o outro "vendendo artigos domésticos, partituras e pequenos volumes baratos chamados de chapbooks". Estes chapbooks (ou cheap books, "livros baratos" em inglês), eram vendidos por poucos centavos e continham histórias simplificadas do folclore e contos de fadas expurgados das passagens mais fortes, o que lhes facultava o acesso a um público mais amplo e menos sofisticado.

Perrault e a Mãe Gansa

Ilustração de Contes de ma Mère l'Oye por Gustave Doré.

Em 1697, Perrault publicou Contes de ma Mère l'Oye ("Contos da minha Mãe Gansa"), uma coletânea de narrativas populares folclóricas e que, num primeiro momento, não se destinavam a crianças, mas a embasar a defesa da literatura francesa (considerada inferior aos clássicos greco-romanos por acadêmicos da época) e da causa feminista, que possuía como uma de suas líderes a sobrinha de Perrault, Mlle. Héritier. As duas primeiras adaptações ("A paciência de Grisélidis", de 1691 e "Os desejos ridículos", de 1694) reforçam esta tese. Apenas em 1696, com a adaptação de "A Pele de Asno" é que Perrault manifesta a intenção de escrever para crianças, principalmente meninas, orientando sua formação moral.

A Mère l'Oye era uma figura familiar dos velhos contos folclóricos franceses, sempre cercada pelos filhotes que ouviam suas histórias fascinados. Todavia, pelo hábito das mulheres contarem histórias enquanto teciam durante os dias longos de inverno, a capa do livro foi ilustrado com a vinheta de uma velha fiandeira, não de uma gansa. A Mère l'Oye passou então a ser associada com a figura da fiandeira, que ganhou nomes locais nos vários países onde os contos foram traduzidos ("Carochinha", por exemplo).

* Principais contos da "Mère l'Oye": A Bela Adormecida no Bosque, Chapeuzinho Vermelho, O Barba Azul, O Gato de Botas, As Fadas, A Gata Borralheira, Henrique de Topete e O Pequeno Polegar.

Barba Azul
Barba Azul é o personagem principal de um famoso conto infantil sobre um nobre violento e sua esposa curiosa. Com o título de "La Barbe-Bleue", foi escrito por Charles Perrault e publicado pela primeira vez no livro que ficou conhecido como Les Contes de ma Mère l'Oye ("Contos da Mamãe Gansa"), de 1697.

Resumo

Barba Azul era um rico aristocrata, assustador por ser muito feio, com uma horrível barba azul. Ele já havia se casado três vezes mas ninguém sabia o que tinha acontecido com as esposas, que desapareceram. Quando Barba Azul visitou um de seus vizinhos e pediu para casar com uma de suas filhas, a família ficou apavorada. O Barba Azul acabou por convencer a filha caçula. Os dois se casaram e foram viver no castelo do nobre.

Pouco tempo depois, o Barba Azul avisou que iria viajar por uns tempos; ele entregou todas as chaves da casa para sua esposa, incluindo a de um pequeno quarto que ele a havia proibido de entrar. Logo que ele se ausentou, a mulher começou a sofrer de grande curiosidade sobre o quarto proibido. Ela contou à sua irmã que a convenceu a entrar no quarto. Ao satisfazer assim a curiosidade, ela descobriu o macabro segredo do marido: o chão do quarto estava todo manchado de sangue, e os corpos das ex-esposas do Barba Azul estavam pendurados na parede. Apavorada, ela trancou o quarto, mas não viu que o sangue havia sujado a chave.

Quando Barba Azul retornou, ele imediatamente percebeu o que sua esposa tinha feito. Cego de raiva, ele a ameaçou, mas ela conseguiu escapar e trancar-se junto da irmã, na torre mais alta da casa. Quando o Barba Azul, armado com uma espada, tentava derrubar a porta, chegaram dois irmãos das mulheres. Os irmãos mataram o nobre enlouquecido e salvaram suas parentes.

A mulher do Barba Azul ficou com a fortuna do marido morto: com parte do dinheiro, ela ajudou sua irmã a casar com seu amado; outra parte ela deu a seus irmãos. O dinheiro restante ela guardou para si, até se casar com um cavalheiro que lhe fez esquecer do suplício que passara.

A história geralmente é classificada como um conto de fadas, mas alguns acreditam que o autor se baseou num nobre bretão do século XV e notório assassino, Gilles de Rais. Outras pesquisas apontam para a obra de São Gildas, que viveu no séculos V-VI. Ele descreveu um nobre, "Conomor, o almadiçoado", casado com uma mulher aristocrata, Triphine. Ela foi avisada pelos fantasmas das ex-esposas do nobre, assassinadas quando estavam grávidas. Quando também ficou grávida, ela foi morta pelo marido, mas São Gildas milagrosamente lhe ressucitou. E quando ela foi trazida de volta para Conomor, as paredes do castelo ruiram. Conomor é uma figura histórica, com os camponeses locais achando que ele era um lobisomem. Em vários outros lugares há igrejas dedicadas a Santa Triphine e o filho dela, São Tremeur.

Cinderela é um dos contos de fadas mais populares da humanidade.

Sua origem tem diferentes versões. A versão mais conhecida é a do escritor francês Charles Perrault, de 1697, baseada num conto italiano popular chamado A Gata Borralheira. A mais antiga é originária da China, por volta de 860 a.C. e a mais conhecida é a dos Irmãos Grimm, semelhante à de Charles Perrault. Nesta, porém, não há a figura da fada-madrinha e, no final, as irmãs malvadas ficam cegas ao terem seus olhos furados por pombos.

Sociólogos, historiadores e literatos vêem na história de Cinderela muito mais do que uma simples trama romântica. Por ter origem atemporal e ter surgido em várias civilizações diferentes, a trajetória da protagonista traduziria uma espécie de arquétipo fundamental, traduzindo o anseio natural da psiquê humana em ser reconhecida especial e levada a uma existência superior. A literatura e o cinema, cientes disso, utilizaram-se de seu arco dramático para o desenvolvimento de inúmeras outras obras de apelo popular. Além das animações de Walt Disney - que sempre buscaram inspiração nos contos de fadas - merece destaque o filme Uma linda mulher, protagonizado por Julia Roberts, e que foi sucesso de bilheteria nos anos 90.

O Pequeno Polegar

O Pequeno Polegar é um antigo conto de fadas europeu, e ninguém sabe quem o contou pela primeira vez. Foi recontado pelo escritor francês Charles Perrault.

É bem possível que O Pequeno Polegar tenha sido inspirado na história hebraica do pastor Davi, que depois virou rei dos hebreus. Segundo a narrativa, Davi era o filho caçula dentre os sete pastores hebreus. O ogro poderia muito bem ser referência do autor francês ao Rei Saul de Israel, para quem Davi trabalhou antes de tornar-se rei. É apenas uma simples suposição em função da gritante semelhança entre ambas as histórias. As histórias hebraicas inspiraram muitos escritores europeus.[carece de fontes?]

A história

Um pobre lenhador tinha sete filhos, e o caçula era tão pequenino que o chamavam Pequeno Polegar. Mas, apesar do tamanho, era um menino muito esperto. Como a Europa passava por um período de muita fome, o pai decidiu abandonar os filhos na floresta. Depois de muito andar, as crianças avistaram um lindo castelo e para lá se dirigiram em busca de abrigo e alimento. Um ogro malvado, que ali residia, resolveu que iria devorá-los. Mas Polegar, percebendo a intenção do malvado, durante a noite, trocou o seu chapéu e os chapéus dos irmãos pelas coroas das filhas do ogro, que as devorou pensando que fossem os rapazes. Eles tiveram então que fugir do castelo, e o Pequeno Polegar calçou as botas encantadas do ogro enquanto ele dormia, e assim ajudou os irmãos a voltarem para casa. Com o auxílio das botas de sete-léguas, Polegar trabalhou para um rei, conseguiu muito dinheiro e pode finalmente voltar para sua casa e nunca mais passaram fome.

Os Irmãos Grimm e o Espírito Teutônico


Depois de atravessar uma fase de desinteresse por parte do público adulto após a Revolução Francesa, os contos de fadas despertaram novamente a atenção dos pesquisadores no início do século XIX, graças aos estudos de Gramática Comparada que, tomando o sânscrito por base, buscavam descobrir a evolução das diversas línguas e dialetos, e assim, determinar a identidade nacional de cada povo.

Tendo isto em mente, mais de 100 anos após Perrault ter publicado as histórias da Mãe Gansa, os folcloristas Jacob e Wilhelm Grimm, integrantes do Círculo Intelectual de Heidelberg, efetuaram um trabalho de coleta de antigas narrativas populares com o qual esperavam caracterizar o que havia de mais típico no espírito do povo alemão (mesmo que muitas destas narrativas originalmente nada tivessem de germânicas). Como principais fontes da tradição oral, os Grimm se valeram da prodigiosa memória da camponesa Katherina Wieckmann e de uma amiga da família, Jeannette Hassenpflug, de ascendência francesa.

Como resultado de sua pesquisa, entre 1812 e 1822, os irmãos Grimm publicaram uma coletânea de 100 contos denominada Kinder und Hausmaerchen ("Contos de fadas para crianças e adultos"). As inúmeras semelhanças de episódios e personagens com aqueles das histórias de Perrault evidenciam que mais do que um fundo comum de fontes folclóricas, os Grimm podem ter simplesmente lançado mão de adaptações das histórias recolhidas pelo estudioso francês.

* Principais contos de "Kinder und Hausmaerchen": Pele de Urso, A Bela e a Fera, A Gata Borralheira e João e Maria.


Eis aqui uma das capas dos "Contos de Grimm" Histórias traduzidas da versão original da 7ª edição de "Kinder und Hausmaerchen" Pela editora Ática S.A., em 1992.

Nessa versão Rapunzel fica grávida do príncipe que a visitava sempre que a suposta bruxa saía.


Andersen: o "Pai" da Literatura Infantil

Já imbuído do forte (e melancólico) espírito do Romantismo, o poeta e novelista dinamarquês Hans Christian Andersen escreveu cerca de duzentos contos infantis, parte retirados da cultura popular, parte de sua própria lavra. Publicados com o título geral de Eventyr ("Contos"), entre 1835 e 1872, eles consagraram Andersen como o verdadeiro criador da literatura infantil.

* Principais contos de "Eventyr": A Roupa Nova do Imperador, O Patinho Feio, Os Sapatinhos Vermelhos, A Pequena Sereia, A Pequena Vendedora de Fósforos, A Princesa e a Ervilha.

A Pequena Sereia é um conto de Hans Christian Andersen.

Nele, uma pequena sereia, apaixonada por um homem mortal, recorre uma bruxa para que possa assumir uma forma humana e assim se aproximar de seu amado. No processo acaba abrindo mão de sua imortalidade e perdendo a capacidade de falar. Para que o encantamento se tornasse permanente, a pequena sereia deveria conquistar o amor de seu escolhido; caso contrário, haveria de se transformar em espuma do mar, algo mais terrível que a própria morte, uma vez que sereias não têm alma, não podendo assim morrer.

A sereiazinha acaba falhando em seu propósito. Comovida com sua situação, suas irmãs fazem um trato com a bruxa do mar. Em troca de suas belas cabeleiras, a bruxa lhes dá uma faca, com a qual a pequena sereia deveria matar seu amado. Desta forma, estaria livre de seu triste fim. Contudo, ela, em nome do amor, abdica da própria existência e, ao fim, desaparece nas águas em forma de espuma do mar.

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Carroll e Collodi: o "fantástico absurdo"

Na segunda metade do século XIX, os contos de fadas começam novo ciclo de decadência. Em lugar do sobrenatural, o nonsense de base racionalista. O principal representante desta nova escola é Lewis Carroll, a partir do livro "Alice no País das Maravilhas", de 1865. Outro que obteve êxito em fundir o maravilhoso com o racionalismo foi o italiano Carlo Collodi, que em 1883 publicou "Pinóquio", um dos maiores sucessos da literatura infantil mundial. É ali que surge não somente o boneco cujo sonho era se transformar em gente, mas a Fada Azul, uma benfeitora mágica capaz de transformar sonhos em realidade.


Daqui em diante eu tirei do Blog "Nerds somos nozes"

Branca de neve


Na história original da Branca de Neve, a "madrasta malvada" (que em algumas versões não é madrasta e sim sua mãe original) não cai de um penhasco como é mostrado no final do filme da Disney. Ela na verdade é forçada a vestir sapatos de ferro em brasa e dançar até cair morta. Outra bizarrice nessa história é a idade da branca de neve. Na versão dos Irmãos Grimm ela tem apenas sete anos, ou seja, príncipes pedófilos eram normais naquela época. E ao invés de dar um "beijo de amor", o principie carrega o CORPO MORTO (ou adormecido, se vocês quiserem) da branca de neve para seu palácio, para que assim ela estivesse sempre com ele (isso pode ser considerado um tipo de necrofilia?). Depois de algum tempo, um de seus servos, cansado de ter que carregar um caixão de um lado pro outro, resolve descontar suas frustrações dando uma baita SURRA na branca de neve. Um dos golpes desferidos no estômago faz com que ela vomite a maçã envenenada e assim volte à vida.
Mas de todas as mudanças feitas através dos anos, a mais sangrenta foi em relação ao coração da Branca de Neve. Nas histórias mais antigas a rainha não pedia ao caçador para trazer só ele. Ela queria também outros órgãos principais como pulmão, fígado etc... fora isso ela também queria um jarro com seu sangue (acho que o caçador precisou mais que um cervo pra resolver isso). Vocês devem estar perguntando: "pra que tudo isso?". Simples, ela queria JANTAR a branca de neve! Bizarro não!?

A Bela Adormecida


Essa sim tem um passado bizarro. Nas primeiras versões, ao invés de espetar o dedo numa agulha e cair desacordada, a bela adormecida tinha uma "farpa" encravada debaixo da unha. Parece uma mudança pequena, mas ela nos leva ao ponto que realmente importa. Nessa mesma versão, o príncipe não é tão encantado assim, e resolve, digamos... se satisfazer na bela ainda adormecida. Depois de satisfeito, ele simplesmente vai embora (o Budd do Kill Bill não foi tão inteligente e acabou morto). Nove meses depois, a adormecida dá luz a gêmeos que, em busca de leite acabam acidentalmente chupando o dedo dela, retirando assim a farpa amaldiçoada.

E a coisa não para por ai, o príncipe que a engravidou (estuprou) continuou voltando (se é que vocês me entendem) durante os nove meses. Quando ele chegou lá e encontrou a bela, já não mais adormecida e com duas crianças, ele decidiu se casar com ela (pelo menos isso, né?), mas ele não poderia levá-la ao seu castelo, pois sua mãe era uma OGRA! (o feminino de ogro é ogra?) que tinha o habito de comer qualquer criança que aparecesse em seu caminho.

Por isso ele esperou alguns anos até que seu pai morresse e ele virasse rei para aí então poder levar sua mulher para seu reino. E assim aconteceu, mas na primeira viagem que ele fez, sua mãe ogra resolveu fazer o que todo ogro tem que fazer: comer seus dois netos, e não satisfeita, também sua nora. Mas, com a ajuda do cozinheiro a bela acordada conseguiu se esconder até o retorno de seu marido (rei “half-ogro”), que quando ficou sabendo dos planos de sua mãe (ogra) mandou mata-la. Bunito né!?

Em outras versões, o príncipe na verdade já era rei, e a ogra era a esposa do rei, o resto é bem parecido. A esposa ciumenta quer, como vingança, comer (no sentido alimentício) os dois filhos bastardos do rei, mas acaba sendo descoberta e é queimada viva numa fogueira.

João e Maria

Essa por si só já é assustadora, afinal, um pai que larga os filhos na floresta para morrer de fome não é lá o tipo de coisa que se lê para crianças certo!? Mas, numa versão mais antiga, a madrasta má, que pressiona o marido a lagar seus filhos na floresta, e a bruxa má são a mesma pessoa. Achei isso bem esquisito, mas as duas personagens tem personalidade bem similar. Outra alteração feita durante os anos foi com relação à própria bruxa que, em certa versão da história, na verdade é um casal de demônios, e ao invés de cozinhar João, eles querem estripa-lo num cavalete de madeira.

Quando o demônio "macho" sai para uma caminhada, a "demônia" manda Maria ajudar João a subir no cavalete, assim, quando seu marido voltar, tudo já estaria preparado. A esperta Maria finge não saber como colocar João deitado e pede para a "demônia" mostrar como se faz. Quando ela deita no cavalete, João e Maria a amarram ela e rapidamente cortam sua garganta. Depois fogem levando o dinheiro e a carroça do pobre casal de demônios.

O Flautista de Hamelin


Nessa historia, um tocador de flautas mágico é contratado por uma cidade para livra-la de uma infestação de ratos. Ele cumpre seu papel, mas quando volta para receber seu tão suado dinheirinho, a cidade se recusa a pagar. Daí, como vingança, ele usa os poderes de sua flauta para raptar todas as crianças da cidade e só as devolve após receber seu pagamento. Até aqui tudo bonito, mensagem positiva e uma moral no fim da historia. Mas, o conto original não é bem assim, nele, o encantador não devolve as crianças depois de receber da relutante cidade. Na verdade ele faz com que elas todas se afoguem num rio. E, em algumas versões ainda mais antigas, há referencias a pedofilia em massa dentro de uma caverna escura.
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Bom, por hoje é só, espero que a minha curiosidade tenha ajudado alguém!!!!